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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Pólvora

Quando eu era jovem, aprendi a fazer pólvora quando trabalhava na pedreira em Mariana Pimentel, momento em que a lavoura não exigia tanto e se precisava estar em outro lugar conseguindo algum trocado para viver melhor.

Me lembro de quão cansativo era bater com um formão para tentar ajeitar manualmente cada paralelepípedo irregular, e como eram as explosões para abrir uma rachadura lisa nas paredes de pedra de onde saia um lado reto, que é a base de um paralelepípedo regular dos calçamentos das ruas. Quebrar pedras com um formão e uma marreta geralmente deixava um ferimento doloroso no contorno entre o dedão e o indicador, por causa o impacto da marreta de metal, mas mesmo assim, era o que se podia fazer em alguma época para se ganhar alguns trocados.

Fazíamos a pólvora a esmo, tinham medidas dos ingredientes, enxofre, carvão e salitre, e era barato, funcionava que era uma beleza. Isso também era usado pra refazer os cartuchos das velhas espingargas de caça.

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